Uma par de vez eu vi meu o pai preocupado e não entendia Que as gota de suor era pra ter moradia Não dei valor, mas deu tempo de em vida arrepender Foda é quando arrepende e ele não tá mais com você O morro é louco mano, onde a subida é diferente Vitória tem outro significado pra gente
Única certeza que a vida me deu: Que eu vou morrer Onde aprendi a respeitar, fui obrigado a conviver Com choro, com o bar lotado e os atraso das macas Com as tubaína, os fliperama e os dog de barraca Com as cicatrizes pelo corpo e olhar que entrega Nunca vê nada até sabe, pra ficar vivo nega
Cansa de ver que carrinho de rolimã não bate 100 km h Atrás das Honda, roda. E vai parar na Febem Quem diria, sonhou sempre com volume na carteira E hoje sente saudade até do som das goteira Dos mofo, das rachadura e dos beijo antes de deitar Solidão não mata um homem, faz ele se matar
Cê vai ver que seu vira-lata lotado de sarna e pulga Te ama mais dos que te abandonam lá na fuga Vai dar valor até pras brigas com a sua velha, cara Quando a voz dela se tornar uma das coisas mais rara E descobre que o único amor que teve em vida Colou de buzão lotado em domingo de visita
Quantas pétalas vi saudades decorar E o que era sorrir, hoje fez chorar
Pode "muta" o volume, sempre vai ecoar alto Os grito dos inocentes que cê matou em assalto A vida é curta mano, vários insiste em reduzir Lembra o ditado "não é bater, é quanto vai resistir" Não é verdade absoluta o inverso da mentira Que viu os exemplo morrer sonhando com a zafira
Mó ironia quem resgata é os "gol quadrado" Chega sem vida aos ps com sangue coagulado Eu resisti falta de janta por não ter um gás Todo mundo de Oakley, e eu portando "Brás" Não foi vergonha truta, suor eu herdei de herança Eu perco à vida nessa porra, não as esperanças
E to ligado, é triste a noite, sozinho no quarto Á escuridão alivia quem sempre sonha alto O abandono da família mesmo vivendo junto Onde os exemplo é bebida que faz briga ser assunto Sofrer sozinho é foda, incomoda, mas fortalece Os que conhece os cheiro de carne quando apodrece
Não da lugar pros dedo apontado ter razão Veneno nós tomou de gole... Sem deserto ás ilusão Fez entender a Ferrari passar toda blindada Na mesma rua onde as crianças dormem sobre a calçada Conflito com a minha mente: Será que eu sou louco? Enquanto o coração não para, eu me mato aos poucos
Pra nós só existe pólvora, nunca existiu pavio Sonhando com o "eu te amo" mesmo que fosse vazio Cansou de abrir as pernas e por a mão na parede Se alimentou só de fé e no fim morreu de sede
Quantas pétalas vi saudades decorar E o que era sorrir, hoje fez chorar
Que os infortúnios da vida, sejam o segredo Que triplica a força e impulsionam o levantar E ensine à riqueza dos grãos no barulho de chuva Pra que o conforto do abraço não seja Lembrado só quando tudo for saudade
Cria da Quebra 2016
Composição: Felipe Rogovsky e Reinaldo Manaresi/A286