Duzentas mula argentina, mansas, xucras, caborteiras. Cruzaram pela fronteira nadando pro nosso lado. Ponta, corrida, cortada porque as melhor vêm na frente. Sistema de antigamente selecionando a mulada.
Tropa pronta e faturada, burro cargueiro e bruaca. E o velho Tito Guaiaca, cozinheiro e ponteador. Na frente às mansas de arreio e a velha mula ruana. Na goela leva a campana do cincerro cantador,
De São Borja até Cruz Alta, foi quase um mês estradeando. Mas veio até Passo Fundo folgando pra descansar. Dois dias e um pouco mais, tropa na estrada de novo. Estirada ao novo povo da Vacaria dos Pinhais.
Estala, relho e assovios no cincerro a badalada. Planalto, picada e rio no rumo de Sorocaba.
Lages... Castro..os birivas nestas tropeadas muleiras. Não respeitavam fronteiras, divisa ou tempo qualquer. Quanto maior a distancia a lembrança dobra a idade. Mas o que dói é a saudade do pago o rancho e a mulher.
Paraná depois São Paulo tropa entregue se boleavam. E os sentimentos brotavam rebentando o maneador. Lembrando a mulher amada no baldrame do galpão. De mate pronto na mão, bombeando pro corredor.
Compositores: Cristiano Pedra Quevedo (Cristiano Quevedo), Sabani Felipe Tassinari de Souza (Sabani Felipe de Souza), Miguel Antonio Bica (Miguel Bicca) ECAD: Obra #2326688 Fonograma #1292969