Talvez um dia, não existam aramados E nem cancelas, nos limites das fronteiras Talvez um dia milhões de vozes se erguerão Numa só voz, desde o mar até a cordilheira Da mão do índio, explorado,queimado, aniquilado ao Camponês, mãos calejadas, e sem terra Do peão rude que humilde anda changueando É dos jovens, que sem saber morrem nas guerras
América Latina, Latina América Amada América, de sangue e suor
Talvez um dia o gemido das masmorras E o suor dos operários e mineiros Vão se unir à voz dos fracos e oprimidos E as cicatrizes de tantos guerrilheiros Talvez um dia o silêncio dos covardes Nos desperte da inconsciência deste sono E o grito do sepé na voz do povo Vai nos lembrar, que esta terra ainda tem dono
E as sesmarias, de campos e riquezas Que se concentram nas mão de pouca gente Serão lavradas pelo arado da justiça De norte a sul, no Latino Continente
Compositores: Francisco Alves (Chico Alves) (UBC), Humberto Gabbi Zanatta (Zanatta) (ABRAMUS)Publicado em 1988 (01/Mar)ECAD verificado obra #36133 e fonograma #1174 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM