Detentos do Rap
Página inicial > Rap > D > Detentos do Rap > Som do Inferno

Som do Inferno

Detentos do Rap

Detentos do Rap - Ao Vivo


Do lado de lá não adianta gritar
Esforço é inútil não vão te escutar
De dentro dos muros eu observo o que acontece neste mundo
sujo e paralelo
não sei da onde veio, nem como surgiu
Maldade desonestidade, Puta que pariu
Universo do Lúcifer cobra coral
Mundo do crime legião do mal
Eu quero me livrar, eu quero sair
Eu quero esquecer de tudo por aqui
Por que
A lei não faz, a lei não faz, são dois caras e
quatro facas, uma rua de número 10 do Carandiru, lugar
abominável, horrível, lugar temeroso
Vidas humanas tiradas igual a de um porco
E o sangue escorre junto aos esgotos
Santa Madalena no pé do altar
Ilumina o meu redor quando eu precisar
Eu tenho a minha missa de corpo presente
E lavo o meu corpo com água ardente não vai me
purificar e nem lava a minha alma mas vai evitar que
minha cabeça role pela escada
fim de semana, dia de visita muito sorriso no rosto,
muito homicida
Uns vê as esposa, outro vê os filhos
Um rosto familiar sempre é bom neste lugar maldito
Mas é bom se ligar...
Se der o milho na visita, é lamentável a fatalidade
Segunda
feira é sem lei vão beber seu sangue na maior maldade

O clima pesa o tempo fecha
Lugar não se encontra para escapar
Desta selva de pedra
Rebelião, acertos de conta batida do choque eu vou,
passando pelo vale da vida e pela sombra da morte
Eu sou só mais um envolvido até a alma
Leão de ferro nesta porra petrificada no meu rosto
ninguém nunca bateu porque
Graças a Deus
A minha honra eu guardo com a minha vida
A minha cadeia é oito, mas ela se multiplica
Eu tenho meu veneno para destilar e ele pode ser
mortal se precisar
um mano sangue bom tava indo embora de vencida, mas
fez a cena nem um pá
Agora ele tem um 121 para sumariar
Cada lugar um lugar, cada lugar uma lei
Besteira, a própria lei é você quem faz, para
sobreviver no mundo do Satanás
Um sorriso na cara o odor da morte no corpo 24, 48, um
pior que o outro
Eu tenho que tar mais ligeiro, eu tenho que me livrar
Tem uma pá de pé de breque lá pra atrasar
Será que este ano eu saio de condicional
Será que em casa vou passar o Natal
Os direitos humanos pra nós é cruel
Para as autoridades somos só papel
Com tantos espelhos vocês não enxergam
Cidade pombal por você espera
Siga a minha sombra seja a minha imagem
Logo você será só mais um triagem
Zona leste, oeste, norte ou sul
Cohab Carandiru você será só mais um
Vestido de mulher se não tiver atitude
Ladrão que é ladrão não nunca se ilude
O sistema abala mas ele não me intimida
Camaradas é uma coisa inimigos eu não perco de vista
Eu sou um cara pacífico se é que você me entende
Ao mesmo tempo sou estimulado e radiado pela maldade
da mente
Se pra você ta legal eu tou muito louco dessa vida
Seu currículo criminoso eu rasgo e mijo em cima
Um moleque primário era humildão
E foi estuprado no oitavo pavilhão
Não teve atitude,não, não mostrou instinto
E foi morar no pavilhão quinto
Chegou o grande dia estou indo embora, fulano riu
primeiro
Primeiro ele chora
Eu mando esse salvo pros seus camaradas
Logo ele vai embora em um caixão de lata
Eu não acredito, ele não é o cão
Ele está lá na rua
E eu estou na Detenção
Terça
feira, seis horas, fulano, carta, agora você vai
embora em um caixão de lata
Eu matei a sua mãe, sua mulher e seus filhos
Com seu pai e seu irmão é o oitavo homicídio
A notícia foi foda, não agüento a pressão
Estuprador de cadeia morreu na detenção
Do lado de lá não adianta gritar, o esforço é inútil,
não vão te escutar
Eu estou na minha, andando no campo sigilosamente eu
estou pensando se jogo a tia em uma das muralhas, mas
a minha cabeça os guardas estraçalham
Deixa isso para lá, eu não vou dar motivo
Lá da muralha eles não erram um tiro
Às vezes eu quero aprender voar para escapar deste
lugar
No mundo cadeia la se vegeta, abala sua mente como
atmosfera
Almas desviadas, perdidas, penadas...
No seu universo o lúcifer da risada
Diz o mandamento: Amem uns aos outros,
Mas ate pela sombra você pode ser morto
Novela real, que a globo não mostra
A loção francesa que lá fede a bosta
Pilantra safado estuprado dá o rabo
E o código do crime lá dentro é embaçado
Nosso lema é um só ele não se converte
Pregamos a verdade o crime no "Rap"
Sinfonia é satânica chega mais perto Detentos do Rap...

O Som do Inferno.

Compositor: Ronaldo Constantino da Silva (Rony)
ECAD: Obra #1468494 Fonograma #499358

Encontrou algum erro na letra? Por favor, envie uma correção >

Compartilhe
esta música

Ouça estações relacionadas a Detentos do Rap no Vagalume.FM
ESTAÇÕES
ARTISTAS RELACIONADOS