É nessas horas que a fragilidade de viver me dá um tabefe no rosto, tanta falsidade, quantos motivos fúteis terei encontrado para continuar a sorrir?
Exposto na vida, circunstancialmente solitário: não há amizade permanente, os que encontros se vão a outros fragmentos de tempo. Me solto dos motivos sem sentido; é preciso ser agora como se fora antes desconhecido, pleno em ignorá-los. Desencontro apertado entre meu coração e a verdade escancarada nas horas.
Alivio embora oscilante, estado de inquietação, descontentamento, tristeza.
E se até mesmo essa vida foi toda torta e desbaratada? Careço me atirar do 13º andar do prédio tendo fé no vôo delirante e nas minhas asas abertas. O delicioso imaginário onde o que crio é tangível, simples, um espetáculo fascinante e lúdico no céu aqui dentro.
Amanhã, eis que me renovo. Isso é pra mim um aperto dilacerado. Mãos, corpo, sou de todo uma verdade forçada. Eu quero gritar F E L I C I D A D E, orgulhar-me por chegar entre dois EUS... Orgulho de um mundo que me liberta e me prende, que me prende e me prende, que me prende e me liberta!