Quando a segunda guerra na Europa eclodiu Pela força aliada nosso país se uniu Fomos combater o eixo com rajadas de fuzil Contra o nazi-fascismo que ao mundo se insurgiu Lá nos campos de batalha Aportamos na Itália em viagem de navio
Comandando a infantaria de um modo não gentil Um tenente orgulhoso esta frase proferiu Quem comanda aqui sou eu, soldado é bicho servil Não discutam minha ordens, não quero ouvir nenhum piu Eu vou ganhar esta guerra E voltar pra minha terra, eu sou um homem de brio
Chamando um rapaz de cor pela alcunha de tizio O tenente enfezado assim pra ele pediu Corra pra linha de fogo, negro cara de bugio Se vacilar você dorme daqui pra frente no frio Beija o gelo da montanha Se falhar você apanha, detesto infante vadio
O pretinho sem demora aquela instrução cumpriu Enfrentando os carcamanos muitos deles destruiu Por má sorte o Tenente aos pés do negro caiu Um balaço em seu peito neste momento explodiu Vendo que era fatal O negro com seu punhal aquele bala extraiu
Ali mesmo na campanha a operação concluiu Não havendo mais perigo o tenente ele conduziu Quando chegou na caserna grande emoção sentiu O tenente agora salvo perdão ao negro pediu Devo a vida ao senhor Muito obrigado doutor, herói do nosso Brasil
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Osvaldo de Andrade Filho (Osvaldo de Andrade), Osvaldo Franco (Dino Franco) ECAD: Obra #971496 Fonograma #575561