A luz da noite quando desce sobre o campo Mais parece abrir o manto de estrelas a brilhar O firmamento de azul todo enfeitado É o vestido salpicado de brilhantes ao luar E como é lindo a gente ver a céu aberto O sertão sendo coberto do esplendor que é todo seu Tudo surgindo com requintes de beleza A mostrar que a natureza só podia vir de deus Aqui embaixo todo campo orvalhado Faz um céu do outro lado em perfeita imitação Os pirilampos com ciúmes das estrelas Vão tentando convencê-las que são estrelas no chão As lindas flores quão noturnas namoradas Vão se abrindo perfumadas transbordantes de amor Mas logo adiante quando o sol romper o dia Vão dizer que só queriam se arrumar pra o beija-flor
Raiando o dia é o sol quem prevalece Desde a hora que amanhece até o novo entardecer As borboletas cores vivas revoando São matizes adornando nossos rios a correr Tudo se passa neste mundo deslumbrante O tesouro verdejante que tem nome de sertão Onde o caboclo a cada estrela que aparece Canta versos de uma prece que lhe sai do coração Sertão, sertão, berço que me viu nascer. Sertão, sertão, cantarei até morrer.
Compositores: Osvaldo Franco (Dino Franco), Wanderley Antonio da Luz (Tenente Wanderley) ECAD: Obra #21813 Fonograma #575623