Maior parte das duplas do rádio esqueceram da nossa raiz Só se lembra de gravar rancheira e estilo de outro país É um tal de bolero corrido, chamamé e polca canção Onde estão a nossa violeirada, As modas cantadas de viola e violão.
No passado tivemos violeiros que cantaram sem nenhum defeito Até hoje eu sinto saudade e conservo meu grande respeito Dava gosto assistir uma dupla quando o povo aplaudia de pé Hoje em dia se vê repentista Que são bons artistas mas duplas não é.
Esta arte de cantar de viola e a vida do nosso sertão Vem do tempo do Brasil colonial vem marcada pela tradição É um caboclo dançando um catira uma era feliz que passou A viola tem alma e sente Os filhos ausente que o tempo levou.
Lá por volta dos anos cinqüenta foi o auge de bons violeiros Raul Torres, Florêncio e Rielle que no rádio foram pioneiros Logo veio Tonico e Tinoco elevando nosso potencial Depois Zé Carreiro e Carreirinho Palmeira e Luizinho de nome nacional.
As duplas de hoje em dia já querem ir mais além Esquecendo que o Brasil, é um violeiro também.
Compositores: Osvaldo Franco (Dino Franco), Luiz Carlos Ribeiro (Mourai) ECAD: Obra #969948 Fonograma #575529