Divino e Donizete
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O Peão e a Boiada

Divino e Donizete


Morre o dia todo dia
Quando a tardinha desmaia
Sou um peão viajado
Das bandas do Araguaia
Trabaio com o rei do gado ai, ai

Eu conheço muito bem
Essa estrada boiadeira
Por onde a boiada passa
Formando nuvem de poeira

Pra quem vive no estradão
A saudade é uma porteira
Que ao abrir precisa jeito
Pois tranca dentro do peito
Uma dor a vida inteira

A chuva, sol e sereno
Faz parte desta jornada
Junto com meus companheiros
Vou tocando essa boiada

É triste a sina do boi
Engordando na invernada
Agora ele vai pro corte
Indo ao encontro da morte
Passo a passo nessa estrada

Olhando o rio Araguaia
Vejo um cenário de paz
O peão e a boiada
Por pouco não são iguais

A boiada vai pro corte
Quem conduz é o peão
Esse mesmo condutor
Vai sentindo a mesma dor
No corte da ingratidão

Compositor: Aparecido Donizeti dos Santos (Donizete)
ECAD: Obra #95290

Letra enviada por Pedro Paulo Mariano

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