Sente a palavra, de palavras eu vivo Fernando Pessoa, sem um único livro Sinto-me livre, leve quando escrevo Isto é a quarta folha do meu trevo Sinto medo, nervos, á flor da pele Sufoco palavras, em meia folha de papel Queimei todo aquele, que quer o meu Inferno Palavras de ódio, como um tumor no cérebro Quero ser sincero, espero pela loucura Eterno demente, sei que ela perdura Palavras que procuras de arrependimento Mentes obscuras procuram rendimento Tento ser único, em tudo o que faço Palavras sofridas, divididas por um escasso Passo, a passo, eu passo por palavras Que nem te passam, passo-me, peço a palavra
Palavras são palavras, muitas sem significado Pessoas com palavrões, só mandam palavreado Fico aparvalhado, toda a gente ri-se Fui crucificado, por tudo o que disse Visse o que visse, nunca vi nada igual Eu sou a junção, entre o Bem e o Mal Eu sou o tal, que a escrita pariu Sinto o que digo, sinto arrepio Palavras, reflectem o que sou Ouço vozes, que ninguém escutou Estou melancólico, insólito sentimento Declararam o óbito deste movimento Só quem sente, sente, devia fazer isto Matam palavras, por isso é que eu existo Ressuscito palavras, dedicação motivação Tenho o dom da palavra, a palavra é um dom