O que o tempo não apaga E a lonjura revigora A companhia de um amigo Um cúmplice das horas Pela cidade alucinante
Para-raios, paralelos Para tudo que é incerto Passageiros e passantes Quem está longe, está perto Aleatórios e constantes
Muitas pegadas no caminho Nunca sozinho na jornada Surpresa que não adivinho Nada é nunca, nunca é nada No infinito de um instante
Sou mestre e aprendiz Na espera de um conselho A liberdade sempre quis Mudo a imagem no espelho Me transformo em um gigante
O que nos une é mistério É acaso ou destino O desejo de sonhar A viagem de um menino Ser cavaleiro errante Ninguém fica pra trás É a caixa das memórias Com histórias pra contar Muita história pra contar De derrotas e vitórias Cada passo é importante
O que foi, o que é, o que será? Tanto faz onde a estrada me levar Sempre é presença que está Nos universos que eu explorar Próximos distantes
Sou astronauta da luz Distante e próximo do chão O som é energia que conduz O meu céu é o coração Sou navegante do tempo Distante e muito Muito próximo do chão A poesia é alimento O meu céu é esta canção Sou viajante da luz Distante e próximo do chão
Quem fica sem julgar E se joga na aventura Não importa aonde chegar A contradição e a loucura Somos sóbrios delirantes
Sou aquilo que começo E se espalha por aí Sou a palavra que te peço Quando parto, fico aqui Sou nômade e mutante