Um inocente com seis anos de idade triste vivia por não poder caminhar Sempre sentado numa cadeira de rodas olhava triste seus amiguinhos brincar Sua mãezinha muito pobre lhe dizia todas as noites na hora de se deitar Filho querido você vai ficar curado Nosso Senhor um dia vem pra lhe curar
O inocente todo cheio de esperança pra sua mãe dizia cheio de fé Se é verdade que Jesus vem me curar quero saber então que jeito que ele é Sua mãezinha entre soluços respondia com o seu rosto todo banhado em pranto Nosso Senhor é um velhinho muito pobre barba comprida e cabelos muito branco
Em uma noite muito fria e chuvosa de tempestade e de grande escuridão Pela janela do quarto do menino naquele instante foi entrando um ladrão O inocente vendo aquele homem barbudo já levantou-se, foi tão grande a sua fé Pensou que Deus tinha ido lhe curar saiu andando, ajoelhou-se aos seus pés
"Senhor do céu, eu lhe agradeço imensamente Mamãe falou que você viria me curar, muito obrigado Fiquei bom, já estou andando, com meus amigos amanhã posso brincar Não vá embora, fica um pouco mais comigo todas as noites mamãe me ensina rezar Senta comigo, minha cama é bem grandinha Teu rosto lindo eu agora vou beijar"
Ao receber aquele beijo inocente aquele homem de remorso estremeceu Saiu andando com os olhos rasos d'água aquela cena toda ele compreendeu A consciência lhe doeu naquele instante foi se afastando parecendo uma visão O inocente no momento foi curado sem perceber que era o milagre de um ladrão
Compositores: Anibio Pereira de Souza (Zilo), Leonildo Sachi (Leo Canhoto) ECAD: Obra #5161 Fonograma #430316