Acerto de Contas O dia: era de acerto A data: da conclusão De botar bala no peito Não medir quem é direito Nem lembrar quem tem defeito Só vazar o coração Os canos matraqueavam De zunir em queimação Tinha bala com endereço Outras sem qualquer pretexto Se tornavam adereço Em toda povoação Arrê, terra em transe! Arrê, é o guerrear! No chão o sangue coalha Medo e ódio se espalham Foi a última batalha no sertão sem dimensão Se pensar, perde a coragem Se rezar, perde atenção É o mundo dos avessos A vingança não tem preço Nem requer lembrar de apreço No tecer da situação O destino estava feito A vingança um conceito O demônio e o redemunho Na rua facas em punho Quem quis ser, foi testemunho O fim foi desolação Arrê, terra em transe! Arrê, é o guerrear! No chão o sangue coalha Medo e ódio se espalham Foi a última batalha no sertão sem dimensão E a tarde trouxe mágoa E a noite solidão O estranho se fez claro Na nudez revelação A paixão tão rechaçada Se manteve resguardada No final da contação Arrê, terra em transe! Arrê, é o guerrear! No chão o sangue coalha Medo e ódio se espalham Foi a última batalha no sertão sem dimensão
Compositores: Edson Penha de Jesus (Edson Penha), Joel Antonio Teixeira Junior ECAD: Obra #1860150 Fonograma #13480454
Ouça estações relacionadas a Edson Penha no Vagalume.FM