Eu acredito na população que vaga na cracolândia Na criança de lingerie se vendendo pro bacana No paralítico que se arrasta oferecendo bala Na massa carcerária, no menor de quadrada Ficha corrida não é atestado de incapacidade É certificado de dolo do crime da alta classe Um tipo de chip cerebral foi plantado Pra impor que somos pré dispostos ao delito e ao fracasso Só enquadramos buffet e amarramos convidado no banheiro Porque amputam nossa infância primeiro Faz inteligência pra oncologista com nome na parede Acabar em compartimento pra pt no capacete Causam pow que faz industrial desacordado Rifa de vidraça com Aston Martin descontrolado O preso articulado é exemplo emblemático Que temos força pra paralisar o estado Com bomba ou greve dá pra evitar futuro nobel em ciência Na nova vara clandestina de perus pra indigência Sei que quando só há vaga no comércio informal Catar as huger do fórum parece o ideal Porém cê pode ter mais que 3 celulares e uma nave Pode ser Niemeyer, Spielberg, Castro Alves Sua sina não é ser reconhecido num distrito Pode vencer sem 33 latrocínio, eu acredito!
Nosso papel não é ser troféu de caça Apresentado pela civil do lado da coca embalada Não importa os antecedentes baixo poder aquisitivo Sua sina não é glóck quinze tiro... Eu acredito!
Seu lugar não é no banco dos réus no plenário É na mesa principal do judiciário Impedindo que os massacres contra favelados Leve vinte anos pra serem julgados O homem pobre tem talento e virtude É muito mais que o personagem de piada do youtube Enquanto fomos unidos só pra zua vídeo De moleque roubando hornet e tomando tiro O mp com suas escutas e mapeamentos Não chegará nos reais tchacos do movimentos O choque seguirá marcando com título manifestante Pra longe da imprensa beber seu sangue Combata quem quer privatizar o sistema carcerário Pra dar conrad particular pra empresário Combata quem quer um de nós de chefão no condomínio Pra que mil morram tentando ser parecido As revoluções surgem em mentes como a do Che Mas são executadas por manos igual você Seja um black panther não de a outra face Pros que crê na ideologia nazi de superioridade Se vingue sendo nota dez e meio Roubando seus cargos não as vans dos correios A mente que clona o controle do portão do executivo Se quiser domina a economia... Eu acredito!
Nosso papel não é ser troféu de caça Apresentado pela civil do lado da coca embalada Não importa os antecedentes baixo poder aquisitivo Sua sina não é glóck quinze tiro... Eu acredito!
Escraviza o boy por quatrocentos anos depois liberta sem reparação financeira, cultural, pedaço de terra Pra ver se ele não acaba num raio Dando quarenta estocadas no agente penitenciário Ai mina valorize a luta das feministas Mulheres atiraram por igualdade, política trabalhista Sua cara não é ser vulgar na coreografia sensual É tá engajada contra violência doméstica e sexual Não quero favelado estrelando a filmagem Que dá pro Cabrini prêmio de reportagem Metralhadoras pro alto, vinho, refrigerante Depois ter que assistir me identificando participante Você não tem que acabar na sede do De macro Porque por um óculos da Oakley sacou o simulacro Nossa artilharia sem foco até hoje só serviu Pra por safado nos postos de controle do Brasil Pra aumentar salário de pm e delegado Por grana no cu de advogado, promotor, magistrado Quando fincamos uma cabeça na lança Só atendemos os mestres das finanças Não podemos nos conformar com a área de serviço Com a cela, as sobras, o quarto do cortiço Você pode ter sua grife, sua firma, seu livro Acredite no seu potencial porque... Eu acredito!
Nosso papel não é ser troféu de caça Apresentado pela civil do lado da coca embalada Não importa os antecedentes baixo poder aquisitivo Sua sina não é glóck quinze tiro... Eu acredito!
Compositor: Carlos Eduardo Taddeo (Eduardo) ECAD: Obra #11982235 Fonograma #10407017