Encabeço a lista de perseguidos da Polícia Porque bolei plano contra a política eliminacionista Virei o patinho feio do Rap nacional Porque pra a Indústria Fonográfica não sou comercial Pra esfera A mereço um Manicômio Judiciário Tenho distúrbio psiquiátrico, vejo os adversários Sou esquizofrênico que ouve a voz não ouvida Abafada por sirene, G3, garrafinha Que enxerga a animalização do aprisionado Intoxicado pelo o almoço sem talher no saco plástico Leio as letras miúdas do Contrato Social Que dá missões pras crianças no Gta real Não quero Ct, só fazer o pobre Apedrejar caminhões da Ambev, Philip Morris Me alimento da crítica da classe que usa a morte do filho Pra fingir causa e entrar em partido político Quanto mais impactante e hediondo o óbito Mais publicidade pro pai e garantia de voto No exame criminológico atingi alto índice Por pretender salvar mais vida que Oskar Schindler Sou tão alucinado e sensacionalista Que até o fim dessa rima uma adolescente engravida Enquanto um são crucifica um Eduardo Nasce a décima geração de menores abandonados
Se enxergar a carnificina é ser desequilibrado Assino a guia e me interno no Manicômio Judiciário Nem todos comprimidos e choques eletroconvulsivos Apagam da minha mente o sistemático morticínio
Louco é quem investe no mundo militarizado E colhe tiro na nuca da filha se abrir o blindado É quem põe placa balística na jaqueta Que vai usar no túmulo da família dentro de uma gaveta Assumo que tenho extrema bipolaridade Amo a favela e odeio quem devasta as comunidades Sou rimador violento que cita fome e latrocínio Mas que é mais inofensivo que a Tv globinho Me acha insano o que aprova a Maçonaria da High Society Dando Luger, nextel e granada pro combate Fazendo os mano ter que usar o lado criativo Pra no celular fingir sequestro de um Presídio "Tô com sua filha não desliga o fone senhora Quero recarga da Tim, 5 mil na conta agora" Quem precisa de Leponex é quem não percebe Que o prêmio exame vem do chumbo crivado na nossa pele Sofro da Psicose que me faz ousar a falar Que as salas de interrogatório não são nosso lugar Camisa de força porquê tenho culhão pra dizer Quem abaixou o homicídio foi o crime não o Dhpp Que se não fosse um b-boy repassar seu aprendizado Tinha uns mil volume a mais de álbuns de procurados Não tem cura pra quem vê a nave não tripulada Monitorando o próximo miolo varrido por piaçava
Se enxergar a carnificina é ser desequilibrado Assino a guia e me interno no Manicômio Judiciário Nem todos comprimidos e choques eletroconvulsivos Apagam da minha mente o sistemático morticínio
Cuidado você no bairro negligenciado Se tem meu Cd (ham) foi grampeado Possivelmente a inteligência da Polícia Vai te acusar de associação a ideologia terrorista Fechou com a mente diagnosticada desequilibrada Por quem não vê as brincadeiras infantis brutalizada Os Pedrinho vai ser o que liga e pede permissão Juninho o que passa o serrote no pomo de Adão Minha crise psicótica só permite rimar a festa Da Van da C.B.A roubada e dividida na favela A festa do estuprador lentamente desossado Embaixo do zoom vai morrer e os clapclap dos aplauso Na exclusão prevejo tico-tico fatiando órgãos Não é demência, é raciocínio lógico Querem minha massa cinzenta sedada, lobotizada Pra ninguém descrever nossas faixas de Gaza Mas não vou ser o astro fabricado com whisky na boca Chamando as mulheres da favela de cachorra Outro otário que o granfino faz de instrumento Pra arrastar sua gente através do mal exemplo Se o moleque me ver cafungando, vai cheirar Se me ver informado, vai tentar se informar Enquanto não me trancafiam no Manicômio Judiciário Prossigo na marcha pra Washington versão Eduardo
Se enxergar a carnificina é ser desequilibrado Assino a guia e me interno no Manicômio Judiciário Nem todos comprimidos e choques eletroconvulsivos Apagam da minha mente o sistemático morticínio
Compositor: Carlos Eduardo Taddeo (Eduardo) ECAD: Obra #11979232 Fonograma #10408568