É quente, é tiro na testa se a vítima reagir Mas ergo um campo de concentração pra me divertir Somos até capaz de decretar um rival Mas do que investimos é em analfabetismo funcional No pântano sórdido da atmosfera mesquinha Somos os cravos indefesos em meio as ervas daninhas Não quero ter galpões fétidos como a nike Pra escravizar os rejeitados da sociedade Nem navegar na gondolas de veneza Patrocinado por pratos vazios sobre à mesa Mesmo estando no repórter record esteriotipado Não simbolizo o mal que deve ser extirpado É no clube de campo e cavalgando na hípica que estão os que atende escala Rare de psicopatia Os que nós faz deixar cabeça em frente de delegacia Pra mandar ameaça subliminar pra polícia Favelado não criou a Onu, o banco mundial Nunca dizimou pra fazer propaganda de arsenal Nunca vestimos túnicas pra caçar O membro de outra etnia pra linchar e enforcar Armas biológicas e químicas não são obras do morro A genética da tirania vem do berço de ouro No juízo final eu posso garantir Que não é no nosso rosto que Deus vai cuspir
Mesmo retaliando bases de moto e furador Não temos 1% da maldade do opressor Na paisagem militar com escolta e blindado. Somos os cravos que florescem em meio ao holocausto.
Sequestramos menos que o mercador na áfrica Carbonizamos menos que as fogueiras sagradas Roubamos menos que os clientes dos carros fortes Não temos 1% dos homicídios dos esquadrões da morte Na lista dos maiores ditadores da terra Não li o nome saído dos becos na favela Pode quebrar nosso sigilo bancário Não tem fortuna feita com câncer e feto mal formado Não respondemos pelos crimes da indústria tabagista Farmacêutica, alcoólica, televisiva e armamentista Ocupamos os bondes dos 157 em transferência Porque não fomos convidados pras feiras de ciência Pela indução diária a trilha dos Parafal Em vez de pena merecíamos perdão judicial É hediondo por no rol dos reeducandos Que foram expulsos dos livros de formandos Somos os menos responsáveis pelos corpos no tambor Repletos de cal, pra afastar farejador Não fomos nós que colocamos a barbárie no dicionário Nem as negociações pra rendição no vocabulário Antes de enforcarmos com cinto de segurança Já tinham feito check-in pra Dubai via carne humana Antes do Masp ficar sem Portinari e Picasso Já tinham nos feito chamar de lar um pedaço da plástico
Mesmo retaliando bases de moto e furador Não temos 1% da maldade do opressor Na paisagem militar com escolta e blindado. Somos os cravos que florescem em meio ao holocausto.
O engenheiro que põe no gol, fundo pra droga Foi formado pelo endinheirado patriota na copa Por trás Ak no gueto um fator social Por trás da Mont Blanc um Jason real Que só por transformar ditador em descobridor Merecia sufocar enrolado no cobertor Ser dispensado dentro de um caminhão de lixo Pra ser esmagado ainda vivo Numa evolução correta era nós de Cherokee E os insetos da burguesia com a massa de polir Quando não exercitamos nossa alto-estima A escória nos equipara a chave-inglesa e bobina Também me senti inferior olhando vitrine Namorando os bagulho que só podia ter no crime Mudei quando vi a trama dos reis do camarote Que brindam nossa morte com Cristal e Ciroc Que são imunes a processo e ação de polícia Mas não a munição gangster da minha rima Deixei de beber no cálice da submissão Pra ser ativistas que ataca Saddams com Mike na mão Que tem coragem pra desejar primaveras árabes E temporadas de facões pra tiranos covardes Que tem coragem pra afirmar que os cravos do holocausto Comparados a playboys são bebês no berçários.
Mesmo retaliando bases de moto e furador Não temos 1% da maldade do opressor Na paisagem militar com escolta e blindado. Somos os cravos que florescem em meio ao holocausto.
Compositor: Carlos Eduardo Taddeo (Eduardo) ECAD: Obra #11979253 Fonograma #10406716