Numa estrada na beira da mata No sertão distante aonde eu nasci Entre as folhas de um velho coqueiro Se escondia um ninho de um bem-te-vi
Eu me lembro quando era criança Nas tardinhas que eu passava ali O feliz passarinho me vendo Alegre cantava, bem-te-vi E o eco a dizer, bem-te-vi
Fiquei moço, deixei meu sertão E a porteira da estrada chorando eu bati Bem de longe avistei o coqueiro Balançando as folhas distante sumi
Bem-te-vi magoado comigo Porque dele eu não me despedi Lançou triste nas ondas do vento Seu canto de adeus, bem-te-vi E o eco a dizer, bem-te-vi
Hoje aqui dessa grande cidade Eu me lembro chorando o lugar que eu nasci Eu já soube que aquele coqueiro O meu triste adeus não pode resistir
Numa noite, uma chuva de vento Fez o velho coqueiro cair Mas em sonho ainda vejo o coqueiro E a ave cantando, bem-te-vi E o eco a dizer, bem-te-vi E o eco a dizer, bem-te-vi E o eco a dizer, bem-te-vi E o eco a dizer, bem-te-vi E o eco a dizer, bem-te-vi
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Euclides Fortuna (Pitangueira) (SBACEM), Jose Fortuna (Ze Fortuna) (UBC)Editor: Editora e Importadora Musical Fermata do Brasil Ltda (UBC)Publicado em 1981 (30/Nov)ECAD verificado obra #13303 e fonograma #710964 em 04/Abr/2024 com dados da UBEM