Sai o sol, esconde a lua
Morre a noite e nasce o dia
Na cabeça do poeta
Nascem versos e poesia

No meu peito nasce a voz
Que é serena e macia
E nas cordas da viola
Nasce o som da melodia

Com a viola nos braços
Pro povo levo alegria
No caminho do sucesso
Sigo a estrela da guia

Os violeiros invejosos
Que não tem categoria
Há um ditado verdadeiro
Gato que caça não mia

A grande escola do mundo
Foi a minha academia
Nasci com som de viola
Nas noites de cantoria

No buraco de tatu
Cascavel faz moradia
Onde tem onça pintada
Macaco não assovia

Minha viola está tinindo
Tá do jeito que eu queria
Meu pagode é chumbo grosso
Tempestade e ventania

Não tenho inveja nem medo
Falo sem demagogia
Não tem pedra no caminho
Quem tem Deus por companhia