Não mais, não ter O rosto de menina Uma dor, um mês
Eu me ceguei No vulcão amargo da insensatez
Achei um retrato seu de uns dois anos atrás todo decorado Lembrei que nunca mais, por tanto mais que eu queira Só me resta a mortalha e nem o pó
De lembrar do punhal, da dor, do cheiro Dos seus olhos em mim Uma estrela que no céu se ofuscava Em meus braços o seu corpo seco, jovem, se afundava de vez
Meu verso é teu É tão amargo e quente Me morrer assim
Quebrei o véu Vinho na parede Pranto em meu bordel
Sua morte me nasceu Brotando o desespero só por causa de uma falha
Alguém perguntará em que estou pensando, Sorrirei sem dizer que em você
De lembrar do punhal, da dor, do cheiro Dos seus olhos em mim Uma estrela que no céu se ofuscava Em meus braços o seu corpo seco, jovem, se afundava de vez
É sempre assim quando o ausente Você não se despediu de mim Partiu sem olhar para trás
Compositor: Mateus de Campos Lopes (Mateus Lopes) ECAD: Obra #3376369