Quando gritaram "Catarina" me apresentei puxei o mango de lei e sampei o chapéu pra cima gritaram "Catarina" se ouviam berros era eu juntando um louco abraço e ponta de ferro meu velho foi pescador, ferrava em riba da quilha a velha era uma paisana, peleava com a família fui plantado nesta terra como se planta pinhão junto ao gritedo das gralhas deixando rastros no chão
Carca esta marca que eu grudo no remelexo deixa que eu puxo do queixo só porque este trecho é meu cruzo eu boleio na volta eu boto os arreios depois eu mostro o floreio que a santa terra, me deu
Canta catarina, canta quando eu vou na crina o povo se levanta Canta catarina, canta quando eu abro o peito nenhuma gralha se espanta
Quando gritaram "Catarina" amuntei e me benzi soltei um sapucai num balanço cacumbi gritaram "Catarina" um santo baixou ali era minha raça à cavalo, num estilo guarani Nasci na coxilha rica, e o vento embalando a gente e meto mango e meto espora em qualquer bicho semovente com neve minh'alma é leve mas com fogo é diferente só não mexo com as gralhas que este bicho é meu parente