Na vida tudo se aprende com as lições do passado Pois a escola da vida e o maior aprendizado Quase tudo que ganhamos nós consumimos errado Caixão não tem gaveta pra que dinheiro guardado Vou gastar tudo o que eu ganho Nem que eu veja coisa preta Certeza eu tenho é da morte e caixão não tem gaveta
Sei que um dia vou partir se existe volta eu não sei Razão para usufruir do capital que eu ganhei Vou realizar fantasias das quais eu sempre sonhei Cada sonho de consumo quero momentos de rei Eu vou gastar sem limites nem que a coisa fique preta Certeza eu tenho é da morte e caixão não tem gaveta
O planeta em que habitamos se divide em dimensões Dos pobres e favelados, dos ricos e das mansões Mas quando a morte rondar não vai haver restrições O destino é o campo santo todos deitados em caixões Na véspera da partida eu esvazio a maleta Gastando cá mulherada pois caixão não tem gaveta Declamação ''vou fazer festa até na hora da morte"
Você aí empresário que acumulou capital Nunca parou para pensar que morto e tudo igual Talvez um caixão luxuoso seja o teu diferencial Depois da estremução tu vai de igual para igual Ações, dinheiro e joias, escrituras e caderneta Vai deixar tudo pros outros pois caixão não tem gaveta
Pra quem tem sangue de gringo pão duro Da mão fechada Só pensa em ganhar dinheiro tem fortuna acumulada Vai bater a caxuleta no caixão não leva nada Ainda deixa a viúva rica, faceira e assanhada Quem vai gastar tua grana e a gringa maledeta Vai dizer que não sabia que caixão não tem gaveta?
Compositores: Edison Luis Campagna (Edison Campagna), Jose Ernesto Gularte Correa (Ernesto Nunes) ECAD: Obra #2899110 Fonograma #1799952