O que Deus escreveu o homem não pode apagar carpintero não faz caixa sem tampa pra fechar as pedras do rio fazem as aguas se apartar mas depois as pedra ela vão se encontrar
São Paulo 6 da tarde estaçao da Sé ninguém sabe quem é quem nem quem proprio é são vidas que vem e outras que vão o metro e o trem lotados de solidão um olhar singelo e duas malas na mão um endereço no bolso aperto no coração ele é mais um imigrante Pedranopolis seu beço
São Paulo é um gigantesco coração sertanejo e não demorou pra trampa de cobrador tá morando com uma tia num quartinho de favor e vai indo até bem aqui na selva de pedra mas vem o natal e a saudade aperta vou voltar pro meu sertão ver a minha gente me banha nas aguas limpas e transparentes o doce lembrança daquelas festanças das lindas meninas de chapéu e trança
Vai o sanfoneiro faz o povo levatar la em Santa albetina vai até o sol raia me chama mãe o mãe não vou mais voltar São Paulo é um inferno esse aqui é meu lugar porque a selva de pedra é um grande cativeiro e o sequestrador tem nome e seu nome é dinheiro quem tem tem sobrenome quem não nem nome tem lá o mal e o bem tão a venda também
O que Deus escreveu o homem não pode apagar carpintero não faz caixa sem tampa pra fechar as pedras do rio fazem as aguas se apartar mas depois as pedras ela vão se encontrar o mundo da meia volta volta e meia o mundo dá quanta gente precisou se perde pra se encontrar a jornada foi sofrida de estrada 5 dias
Na mala esperança no estomago farinha quem diria que um dia ia deixar sua Bahia o interior paulista foi final da linha primeiro pra Marilha e depois Santa albetina la ficou raiz que dura até hoje em dia sol a sol na inchada carro na mão delicada a flor do sertão não tem medo de nada mulher nova e carinhosa de São Salvador faz o homem tremer gemer sem sentir dor quarta tem terço e a gente vai rezar e quando acaba a reza paquera e toma chá foi numa dessa ai que nosso olhar se cruzou pela primeira vez nunca mais se separou o homem quando ama fica assim meio criança renova as energias acende a esperança um guarda comida uma comoda uma cama po um Deus é muito ainda mais quando se ama já não era dois agora eram três um filho renova a esperança outra vez era pouco dinhero coragem de monte decidiram é hora de ir pra cidade grande O que Deus escreveu o homem não pode apagar carpintero não faz caixa sem tampa pra fechar as pedras do rio fazem as aguas se apartar mas depois as pedra ela vão se encontrar por volta da meio dia ele chegou com a noticia vamos pra Sumaré que é la do lado de Campinas já tenho uns parentes morando pra lá numa tal de Hortolandia eu nunca ouvi falar mas que seja o que Deus quiser o destino vamos encarar em 77 do século passado arruma um trampo não era tão embaçado logo logo os dois já estavam empregado ajudate em mertalugica e ela faxinera e o moleque com a vizinha a semana enteira bairro ressem formado barraco para todo lado Ele correndo pelas ruas do barro 7 anos idade começou ir pra escola o outro moleque nasceu já eram 4 agora todo bairro de quebrado tem o mesmo regime os moleques é tentado pela droga e o crime mas a índole do pai herança dos meninos eles deram perdido nas armadilha do destino primogênito fez nove quando nasceu a menina três filhos pai mãe ta completa a família você deve perguntar qual moral dessa história tanta peregrinação tristezas e glórias eu vou dizer os nomes e você vai entender Nice Valter Erika Edi Aliado "G" O que Deus escreveu o homem não pode apagar carpintero não faz caixa sem tampa pra fechar as pedras do rio fazem as aguas se apartar mas depois das pedra ela vão se encontrar
Compositores: Ed Carlos Rodrigo de Melo (Mano Ed), Erlei Roberto de Melo (Aliado G) ECAD: Obra #1270228 Fonograma #690383