É loco demais vê como a vida passa vê os tesouros do Mundo sendo engolidos por ferrugem e traça, no rol dos heróis, na liga da injustiça onde arrogantes degustam sua própria carniça A cortesia da soberba é a queda, o segredo é ser intenso e celebrar quem te celebra a vida é curta e tem poucas cenas e as estrelas e os coadjuvantes mudam com frequência Eu não vivo em busca do melhor roteiro sou governado pela paz do homem morto no madeiro E sem me embriagar com som dos aplausos pois tenho sede de justiça e não obsessão por palcos A plataforma não define um homem mas no que ele acredita e qual verdade o consome Deus do céu me revista de franca poesia e que tudo que oblíquo se revele no som da batida O Senhor conhece as minhas origens e eu sei que Jesus também nasceu lá… Na periferia… Refrão Ainda que a morte me assole com a frustração que invade não enterrarei meus talentos no campo dos covardes porque o medo me impede de lutar mas eu acordo a minha alma todo dia pra sonhar! Nada se cria, nada se perde tudo se transforma no mundo em que vivemos, tudo se vende tudo se compra tudo se troca A vida real contada em um conto de fadas onde os sonhos são cativos das gavetas empoeiradas dos réus fadados ao ativismo e que compram apostasia em forma de antidepressivos Capitalismo é isso torna as pessoas lixo se um cego guiar outro cego ambos cairão no abismo A Face oculta não aparece no noticiário nem Jesus clamando por água e Roma dando vinagre O Maestro que rege um coral de mudos tem a loucura como a principal virtude E sem sair da sintonia e da frequência dos sonhos e dar a volta no mundo andando de carona mas a essência se explica ao olhar pro espelho porque meu bom, os fins não justificam os meios A vida é muito mais que isso…
Compositor: Felipe Freitas Vilela (Felipe Vilela) ECAD: Obra #24418675 Fonograma #34279455