Levanto cedo sonhando acordado com o pé direito tô queimando no asfalto
Tô sem trabalho Descendo a ladeira tô de bobeira só não posso dar bandeira
Eu tô na pilha aí sempre ligado tô na vigilia tô contigo, eu não abro
Se eu to na rua Tem gente do meu lado fica na tua que é melhor ficar calado
Se eu tô em casa no corredor, na sala fujo da mira aqui só tem bala perdida
Se chega a noite só saio protegido não tem mandinga o amuleto é minha ginga
Dentro do carro de oculos escuros passo batido não me pede que eu tô duro
Chiclete, fruta mendigo , prostituta cada sinal cada ponto uma disputa
Sao Paulo, Osaka Seul, Pequim Rio ou Jacarta E Bombaim Tudo é cidade É tudo igual Em qualquer lingua Isso é geral
DA JANELA VEJO A CIDADE ABERTA INFINITA VISAO SUAS RUAS, CURVAS, E FORMAS TAO DURAS PULSA O MEU CORAÇAO
DA JANELA VEJO A CIDADE ALERTA TAO INJUSTA VISAO NAS CALÇADAS, PONTES, ESQUINAS, MARQUISES PULSA O MEU CORAÇAO
Tudo é cidade É tudo igual Em qualquer lingua Isso é geral
SOU DA CIDADE, MEU IRMAO
Alto do morro de um prédio, um edifício pra ver estrelas solto fogos de artificio
Adrenalina virando aquela esquina tô amarrado sonho de concreto armado
Código urbano feito tambor na mata é tudo igual em qualquer lugar do mapa
Isso é a vida é a natureza humana não tem saída é a natureza urbana
by rapha toller
Compositores: Arnolpho Lima Filho (Liminha), Fernanda Sampaio de Lacerda Abreu (Fernanda Abreu), Rodrigo Campello de Souza Ribeiro (Rodrigo Campello) ECAD: Obra #2489668 Fonograma #685280