"O sabiá no sertão Quando canta me comove Passa três meses cantando E sem cantar passa nove Porque tem a obrigação De só cantar quando chove*
Chover chover Valei-me Ciço o que posso fazer Chover chover Um terço pesado pra chuva descer Chover chover Até Maria deixou de moer Chover chover Banzo Batista, bagaço e banguê
Chover chover Cego Aderaldo peleja pra ver Chover chover Já que meu olho cansou de chover Chover chover Até Maria deixou de moer Chover chover Banzo Batista, bagaço e banguê
Meu povo não vá simbora Pela Itapemirim Pois mesmo perto do fim Nosso serão tem melhora O céu tá calado agora Mais vai dar cada trovão De escapulir torrão De paredão de tapera**
Bombo trovejou a chuva choveu
Choveu choveu Lula Calixto virando Mateus Chover chover O bucho cheio de tudo que deu Chover chover suor e canseira depois que comeu Chover chover Zabumba zunindo no colo de Deus Chover chover Inácio e Romano meu verso e o teu Chover chover Água dos olhos que a seca bebeu
Quando chove no sertão O sol deita e a água rola O sapo vomita espuma Onde um boi pisa se atola E a fartura esconde o saco Que a fome pedia esmola**
Seu boiadeiro por aqui choveu Seu boiadeiro por aqui choveu Choveu que amarrotou Foi tanta água que meu boi nadou
Compositores: Moises Clayton Barros da Fonseca (Clayton Barros), Jose Paes de Lira Filho (Lira) ECAD: Obra #17204119 Fonograma #921513