Seguro-Desemprego
Fui prá São Paulo prá buscar meio de vida
E minha flôr de margarida deixei pro lado de lá
Peguei a estrada vim prá terra da garoa
TĂ´ sozinho, tĂ´ Ă toa nesse grande caminhar
Eita formigueiro grande
Eita tempo horrĂvel prá danar
A diferença é que elas não carregam folhas
E também vivem sem escolhas no seu próprio habitat
E tem um tal de teco, teco de sapato
bem diferente do mato
Onde eu antes caminhava
Minha "apragata" presa pela rabichola
Minha companheira sacola
E o cipĂł de cana brava
E um prédio de uns 100 metros de altura
Vixe que me dá tontura se me atrevo a olhar pro alto
Já caio na tontura lembrando a baraúna
Lá do pé do alto
Eu vou dar baixa na carteira de trabalho
Vou seguir meu intinerário
E vou voltar pro meu torrĂŁo
Vou ao Nordeste reviver meu aconchego
E com o seguro-desemprego
Vou comprar um violĂŁo
Ai..ai...ai...
Lá no meu canto é que eu me sinto bem feliz
Saco o dinheiro do PIS
E compro um par de alianças
E vou juntinho com minha flĂ´r de margarida
Recomeçar nova vida
Nesse mundo de andança
E se a grana acabar
Eu vou ficar na mĂŁo
Vender meu violĂŁo
Meu toca-fitas novo
Dizer adeus ao povo desse meu torrĂŁo
Pegar um caminhĂŁo
E ir prá sampa de novo!...
Compositores: Francisco e. do Nascimento, Francisco Flavio Leandro Furtado (Flavio Leandro)
ECAD: Obra #578532 Fonograma #26590552Ouça estações relacionadas a Flavio Leandro no Vagalume.FM