Dia vinte e dois de março Vou contá o que aconteceu Na fazenda Cachoeira A noite se apareceu Dizem que tinha morrido Dizem que tinha morrido Um grande colega meu Foi um causo muito triste Que o sertão estremeceu Só via gente chorando Quando a noite se acorreu Ao saber do acontecido O meu coração doeu
Nós todos que vem no mundo Tem um trecho pra avançar Tudo que Deus ordenou Ninguém pode desviar Neste dia o Severiano Saindo pra viajar Em seu carro de transporte Com destino a trabalhar O coitado não sabia Que a morte ia encontrar Foi a última viagem Para nunca mais voltar
E foi um rapaz de gosto De todo mundo estimado Motorista de transporte Conhecido em todo o estado Mas por uma infeliz sorte Seu destino foi traçado Numa estrada sete volta Ele desceu embalado Nesse momento tirano O seu carro foi tombado Quando acharam ele morto De sangue estava molhado
Nunca vi tanta tristeza Que surgiu naquele dia Os seus pais em desespero Na mais triste agonia Chorando sem ter o consolo Quando o seu rosto eles via A lembrar aquele momento Suas lágrimas caía Por ver seu filho querido Preso pela morte fria Foi morar junto com Deus Filho da Virgem Maria
Compositores: Alfredo Roque Trindade (Galvan), Jose Alves de Holanda Filho (Ze Alves) ECAD: Obra #268333 Fonograma #1588493