O fazendeiro Barbosa Religião não conhecia Na região de Limoeiro Sua fama se expandia A sua grande fortuna Pouco a pouco ele perdia Jogava em brigas de galo Em corridas de cavalo Os milhões que possuía
Vendeu até a fazenda Pra garantir a despesa A sua sorte madrasta Só lhe deu muita tristeza Numa miséria profunda Viu findar sua grandeza Deste jeito eu me acabo Entrego a alma pro diabo Se eu sair desta pobreza
Num lindo cavalo preto Um homem apareceu Terás tudo que quiseres Cumprindo o que prometeu No prazo de poucos meses De novo ele enriqueceu Sua mulher não sabia Nas orações que fazia Ela agradecia a Deus
Vinte anos se passaram O seu prazo terminou O Barbosa faleceu Forte temporal formou Horas que rezava o terço Que as luzes se apagou Deu uma grande explosão Ali só ficou o caixão E o corpo alguém carregou
O Barbosa já sabia Deixou uma carta escrita Confessando pra esposa A sua triste desdita Foi o diabo quem me deu Essa riqueza maldita Minha sina eu cumprirei Porque jamais escutei Suas palavras benditas