Onde é que nós estamos Oh! meu Deus tem dó da gente Mundo velho já deu flor Carunchou toda a semente
Virou um ninho de cobra Serpente engole serpente Quem vive lesando a pátria Dando pulo de contente O pobre trabalhador É um escravo na corrente
Estão matando e roubando É conflito permanente Um bandido entrou num banco Armado até os dentes
Chorou no colo da mãe A criancinha inocente Mas ele achou que a criança Perturbava o ambiente Assassinou a mãe e filha Foi um quadro comovente
Tem família num bagaço Fingindo viver contente Alegria é só por fora Mas por dentro é diferente
É filha desmiolada Que casou com delinquente É um genro pé-de-cana Que não gosta do batente Aonde tem ovelha negra Desmorona um lar descente
O mundo virou um vulcão E cada vez fica mais quente Não há nada que esfrie Quero ver quem me desmente
Um grande estoque de bombas Crescendo diariamente Quando estourar todas as bombas Ninguém fica pra semente Mundo velho não tem jeito Vira cinzas brevemente
O mundo já está encardido E não adianta detergente A sujeira desafia Até soda e água quente
Num lugar morre de sede E no outro morre de enchente O mestre lá nas altura Meu Senhor onipotente Seu poder é infinito Protegei a nossa gente
Compositores: Gaze Abrao (Rose Abrao), Jose Dias Nunes (Tiao Carreiro), Lourival dos Santos ECAD: Obra #21128 Fonograma #257649