Do meu tempo de carreiro Só resta recordação Da minha velha querência Meu berço de criação
Quando eu chegava cedinho Coberto de cerração Eu descia as invernada Conversando com a boiada Que trazia no galpão
Eu carregava meu carro Minha vara de ferrão Pra sentar no cabeçalho Ajeitava o meu facão
No rangir dos tamboeiros E no gemer dos cocão Eu gritava com a boiada Pantaneiro e Madrugada Orgulho do meu patrão
Um dia chegou a notícia Que feriu meu coração A boiada foi vendida Carreiro ficou na mão
No maço de chifradeira Dei um nó por gratidão Saí que nem passarinho Quando voa e deixa o ninho Lá no alto do espigão
Agora quando eu escuto O ronco de um caminhão Roncando pelas estradas Engrandecendo a nação
Quando eu vejo um onze onze Carregado de algodão Saudades mora comigo O progresso, meus amigos Levou minha profissão
Compositor: Luiz de Castro (ABRAMUS)Editor: Latino Editora Musical Ltda. (UBC)Administração: Warner Chappell Edicoes Musicais Ltda (UBC)Publicado em 1986 (11/Ago) e lançado em 1986 (01/Out)ECAD verificado obra #1121582 e fonograma #621473 em 01/Abr/2024 com dados da UBEM