Gilberto e Gilmar

Ninho de Cobra

Gilberto e Gilmar

Gilberto e Gilmar


Família da minha noiva tinha fama de valente
Pai e filhos perigosos, todos armados até os dentes
A cambada de bandidos quiseram me fazer frente
O trinta foi minha lei para trás não recuei
Entrei no rolo e casei porque sou do sangue quente

Invadi a casa deles numa busca violenta
Se vocês nunca viu macho puxa as armas e experimenta
Se ninguém me obedecer o cano do berro esquenta
Eu entrei firme no jogo dei um aperto no sogro
Tomei as armas de fogo comprei tudo em ferramentas

Eu vendi todas garruchas, os punhais e as peixeiras
Eu vendi os parabelos, carabinas e cartucheiras
Comprei enxada e machado, arado e carpideira
Cheguei a turma pra frente quero ver o homem valente
Aqui firme no batente comigo a semana inteira

Reparti as ferramentas com meu sogro e meus cunhados
Entramos juntos no mato de facão, foice e machado
No prazo de pouco tempo vi o mato derrubado
Depois fizemos a queimada apertei os camaradas
Pra ver a terra tombada só no bico do arado

O meu sogro e meus cunhados agora me dão razão
Pegamos juntos no leito e desbravamos o sertão
A turma de bandido eu mudei de profissão
O fazendão está formado pode olhar pra todo lado
Só se vê capim e gado e roça de plantação

Compositores: Moacyr dos Santos, Antonio Jacob (Jaco)
ECAD: Obra #42516 Fonograma #621417

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