O gaúcho rio-grandense Já é muito conhecido É valente é destemido Mas não ofende a ninguém Mas, porém sendo ofendido O gaúcho perde a linha Mostro logo em seguidinha O grande valor que têm
(-E é bem assim lá no Rio Grande Principalmente em São Borja, não é Dourado?)
O gaúcho desconfiado É um tremendo perigo Reconhece o seus amigos Mas não briga sem razão Mas também se resolvendo Manda chegar quem quiser Mas se enxergando mulher Lhe cai as armas da mão
(-Aí não dá mais pra brigar Primeiro se atende a chinoca!)
Numa certa ocasião Um contrário me ofendeu Puxou do revolver seu Mas não chegou dar um tiro Até parece mentira Dei-lhe um tamanho sopapo Caiu virado num trapo Morreu sem dar um suspiro
(-Este não incomoda mais!)
Nisto chegou uma prenda Mulher de rara beleza Que me olhou com firmeza E o meu corpo estremeceu Deu-me tamanho pialo Aquele olhar fascinante Eu não fugi do flagrante E a policia me prendeu
(-Depois que eu sai da cadeia eu fui preso de novo nos braços dela!)
Se não fosse aquele olhar Eu garanto que fugia Eu brigava, mas não ia Parar lá naquela prisão Mas um olhar como aquele Em qualquer parte do mundo Em menos de dois segundos Prende qualquer valentão
por nelson de campos
Compositor: Leovegildo Jose de Freitas (Gildo de Freitas) ECAD: Obra #828677 Fonograma #492758