(Já fui gaúcho campeiro domador de profissão E por causa de uma chinoca passei a ser cidadão Fazendo as vontades a ela pra bem da nossa união Sem esperar que ela mesma me usasse de traição E quando eu senti que estava ferido meu coração Envergonhado da vida tomei uma decisão Para que ninguém tivesse de mim uma informação Nem a própria china mesmo me fui direito ao sertão Eu prefiro viver com as feras com leões Tigres, panteras, mas com mulher falsa não)
Assim vou levando a vida Por este sertão sem fim Vivendo de caça e pesca Embora eu ache ruim Pois quando china não presta Eu prefiro mais a floresta E as feras em torno de mim Pois china quando não presta Eu prefiro mais a floresta E as feras em torno de mim
Caço bem e pesco bem Pra comer me desaperto Os meu prazer é aqueles Que eu adquiro no deserto É triste mais é verdade Ser traído e ter saudade De quem já se viveu perto É triste mais é verdade Ser traído e ter saudade De quem já se viveu perto
Já estou ficando velho Brigando com a triste sina Por incrível que pareça Eu gosto daquela china Só descansarei com a morte Diz à saudade que eu volte Mas o capricho me domina Só descansarei com a morte Diz à saudade que eu volte Mas o capricho me domina
Só não digo o nome dela E nem o lugar que eu ando Pra ninguém ficar com pena Das penas que estou passando Por uma china fingida Só quem sabe a minha vida É este que está cantado Por uma china fingida Só quem sabe a minha vida É este que está cantado
Fiz a história e dei pra o Gildo Por se ver que está capaz De cantar o sentimento De quem não quer viver mais Não quero que por mim chore Deixem que as feras devorem Todo os meus restos mortais Não quero que por mim chore Deixem que as feras devorem Todo os meus restos mortais
por nelson de campos
Compositor: Leovegildo Jose de Freitas (Gildo de Freitas) ECAD: Obra #2285232