(Eu me chamo Felisbino, nasci no Torrão Vermelho Fui peão e sou patrão sempre lutando pareio Muitas cabeças de touro eu quebrei a cabo de reio Estou velho, mas pro serviço não sei dobrar o joelho E por saber que morro cedo deixo os versos por conselho)
A galinha pra botar ela precisa de indez E por isso então não desmanchem o que este velho fez Segurem não ponham o que eu deixar pra vocês Fortuna que é posta fora não se adquire outra vez
Cada genro é uma estrela que na minha casa brilha Se acreditar em conselho será uma maravilha Não vendam não ponham fora o que eu deixar pra família Cuida e zela pra teus filhos o que eu deixar pras minhas filhas
E você meu filho homem escute o que eu digo agora A parte que te tocar desfruta, zela e adora Pra amanhã depois teus filhos e a minha querida nora Desfrutaram a fortuna de quem deu e foi embora
Esta estância em que vivemos foi por mim adquirida Não foi logrando ninguém e nem herança vencida Agora já que me sinto cansado no fim da vida Faço votos que não seja depois de ganha perdida
Eu me chamo Felisbino nascido no Caroquem Não tive herança de pai trabalhando é que arranjei Com gosto entrego a vocês tudo tudo o que ganhei
por nelson de campos
Compositor: Leovegildo Jose de Freitas (Gildo de Freitas) ECAD: Obra #2283581 Fonograma #2499751