Lá no meu rancho eu alevanto cedo E vou pra o terreiro tomar chimarrão Dos passarinhos lá no arvoredo Eu sempre escuto uma linda canção Ainda esses dias eu pitava um cigarro E apreciava uma construção A obra fina de um João-de-Barro Que construía num pé de cocão Fez esta obra assim desta maneira Trazendo barro do próprio biquinho Depois de pronta trouxe a companheira E os dois cantavam na porta ninho
O João-de-barro um dia saiu Buscar comida para o filhotinho E um menino malicioso viu Foi negaciando o pobre bichinho O coitadinho no fazer seu pouso Naquele galho que tinha comida Foi recebendo desamoroso Um pelotaço e tombou sem vida Tenho por vício de alevantar cedo E ir pro terreiro pitar meu cigarro Só oiço o som lá no arvoredo Porém não oiço Mais meu João-de-Barro
(Só oiço ela, pobre barreirinha Muito tristonha olhando da porta Talvez rezando e pedindo a Deus Para mandar seu barreiro de volta)
Como é bonito amanhecer na mata Ouvindo o canto desses bichinho Oh, criançada não me seje ingrata Não se maltrata os pobres passarinho Vocês devem em quando isto pensá-lo Devem tratá-lo com mais carinho Se vocês fazem como o Gildo diz Serão mais feliz e meus amiguinhos
por nelson de campos
Compositor: Leovegildo Jose de Freitas (Gildo de Freitas) ECAD: Obra #2283597 Fonograma #2499661