Vou cantar o meu principio não vão pensar que é moleza Sempre vivi abraçado com a miséria da pobreza Trouxe o dom de ser poeta pra mais tarde ter defesa Já passei muitos trabalho Vivendo assim que nem galho por conta da correnteza
Meu serviço mais leviano foi prender bois em carreira Machado em corte de lenha, de pá abrindo valeta Abrindo corte de estrada no cabo da picareta Fui homem sacrificado Quem nem braço de aleijado esfolado da muleta
Cantava só nos domingo não era assim como canto Eu também não nem esperava que um dia cantasse tanto Me chamavam de endiabrado e se eu era não garanto Pobre, bravo sem juízo E os bolso sempre liso que nem rostinho de santo
E com um baralho na mão eu não era muito tanso O meu baralho marcado, descobriam e davam o ranso Ali começava a briga, minha vida era um balanço Fui ligeiro quem nem gato Eu era o tipo de pato que as vezes passava por ganso.
(Depois de quarenta anos foi o que me fez o melhor Fui gravar, fiquei artista, vivo mais folgado agora Tenha carro, tenha casa, mas descanso poucas hora Eu sou que nem botão de roupa que tem casa, mas não mora Sou que nem cinta em fivela Que entra por dentro dela e sai pro lado de fora)
Nesse pedaço de chão eu fui muito sacrificado Eu as vezes sinto canseira só no lembrar meu passado Hoje a vida ta mais frouxa quem nem palanque em banhado Pelos filhos eu nem garanto Porque eu trabalhei tanto que eles nasceram cansado. (Ha,Ha, é isso mesmo vamo encerrar)
por nelson de campos
Compositor: Leovegildo Jose de Freitas (Gildo de Freitas) ECAD: Obra #2285498 Fonograma #1124053