Eu tenho pena deste coitadinho Que anda dizendo que é trovador Vamos nós dois trovar numa praça Pro povo ver quem tem mais valor É só você marcar o local Nós apostamos um bom capital E o povo todo é nosso julgador
Tu apresenta o teu repentismo Depois eu entro e apresento o meu Depois eu canto o que eu escrevi Tu também canta o que escreveu. Depois trovemo versos de seis linha A tuas rima bate contra a minha E o povo nota quem é que perdeu.
No desafio eu te faço proposta Arruma um outro que tenha cartaz Respondo todas perguntas no verso Que em conjunto tu e ele faz. Um de nós três vai gozar depois Se eu perder pra vocês os dois Eu entrego o cargo e não trovo mais
Certas bobagens que andas dizendo É pura inveja do Gildo de Freitas Eu tenho a cara de homem sincero E uso ela conforme foi feita. E a tua cara é duma forma elástica Já fez até uma operação plástica E nem assim a cara não se ajeita.
Caso de briga eu não respondo mais E o povo todo sei que não repara Por que já sabem que és de bate papo Tu te ouriça e depois dispara. Já estes dias um gaiteiro teu Algo com ele aconteceu E te sentou-lhe um cinzeiro na cara
Nem te alembraste do facão três listras E nem tampouco do relho trançado Tu te lembrou foi de chamar recurso Já deste prova de homem assustado. Ele acertou por tu não ter destreza Pra que então que arrotas grandeza E depois fica de couro marcado.
por nelson de campos
Compositor: Leovegildo Jose de Freitas (Gildo de Freitas) ECAD: Obra #2283620 Fonograma #2499718