Eu tenho dó de algum contrario Que com essa ideia pensa Que apareça quem me vença Morre de velho e não vê Deus me consentiu nascer Vim no mundo para exemplo Não morro antes do tempo E não corro sem ver do que
Eu peço perdão ao povo Sei pra quem estou propondo Eu sou um gaúcho redondo Eu não foi feito quadrado Eu rolo pra qualquer lado Quando o perigo vem vindo Conheço o cego dormindo E também o rengo sentado
Um contrario me vencer É o mais custoso que eu acho Só se o céu descer pra baixo E a terra subir pra cima Os astros mudar de clima Trocar verão por inverno Mudar o céu pra o inferno Depois eu perco na rima
É mais fácil burro voar O galo ciscar pra frente As galinhas criar dentes As vacas botarem ovo Já pedi perdão ao povo Mas é preciso eu dizer Contrario pra me vencer Só que ele nasça de novo
Eu te aviso Teixeirinha Ligeiro com pouco prazo Não convém tu criar caso Que é pra evitar o perigo Eu não sou bom inimigo Já sabe as provas que eu dei Antes pelear contra a lei Do que ter questões comigo
(Vai abrindo o olho xirú.)
por nelson de campos
Compositor: Leovegildo Jose de Freitas (Gildo de Freitas) ECAD: Obra #2285565 Fonograma #2372543