É claro que caçador não mente Eu também sou caçador A caçada é meu esporte Eu não faço profissão Tenho armas no meu rancho Cartucheira e munição Eu, a arma e meu cahorro Em qualquer costa de morro é certa a caça na mão. O meu cachorro cavoca E arrancar tatu da toca ele tem por obrigação.
Letra:
Está velho não tem mais dentes E ainda vai na caçada Esses dias até pensei Que a mata fosse assombrada Porque passou um tatu E o meu cachorro Bangu Saiu logo nas pegadas E o bicho mesmo provoca Entraram os dois numa toca E eu não encherguei mais nada
Declamação:
Eu já estava nervoso Na mata de madrugada Por não ver mais meu cachorro Só ouvia uma risadas Eu cheguei a conclusão Que era debaixo do chão Todas aquelas gargalhadas Olhei pra toca achei lindo Notei o tatu sorrindo E o meu cão dando bocada
Letra:
Quando o cachorro avançava O bicho tatu sorria O meu cachorro sem dente Pegava mas não mordia E com aquele pega e larga Eu também me divertia Era a tal de briga mansa Pois nenhum embrabecia E o tatu morto de rir Da cócega que sentia
Só ninguém pode dizer Que essa minha história mente Todo os dois já bem velhinhos Brigavam graciosamente O cachorro encabulado E o tatu sempre contente Eu lhe digo francamente Eu disso sou testemunha O tatu não tinha unha Nem meu cão tinha mais dente.
Compositor: Leovegildo Jose de Freitas (Gildo de Freitas) ECAD: Obra #2283629 Fonograma #2442267