Minha vida está arrumada Falo com sinceridade Foi conquistando amizade De alma sincera e pura Caminhando nas estradas E correndo pelo campo Montando num pingo branco Com oito palmo de altura
(O dono do pingo é o Tita, crioulo do Itapõa Que alevanta de manhã com a cuia de chimarrão Sempre honrando a tradição e quando chega os domingos Vai no campo olhar seu pingo que é da sua estimação)
Quando eu montava em meu pingo E quebrava o chapéu na testa É porque ia a uma festa Ou num baile de galpão Pra dançar xote Com a prenda linda e faceira Que fosse a mais dançadeira Que estivesse no salão
E quando eu ia embora No meu pingo bem bonito E atendia o meu grito E me livrava dos perigos Em gauchada o ter cavalo ligeiro Muito bom e companheiro Sempre foi um bom amigo
Arrendei uma invernada Pra aposentar o pingo branco Porque era bueno e sem tranco E me levava onde eu queria E é amigo que conhece o velho dono Que não deixou no abandono O pingo da montaria
Hoje a vida é bem folgada Comprei um carro de luxo E as vez me trajo à gaúcho Para passear aos domingos Pego o meu carro E convido minha prenda Para ir lá na fazenda Onde se encontra meu pingo
Compositor: Leovegildo Jose de Freitas (Gildo de Freitas) ECAD: Obra #22090161 Fonograma #28313707