Gilliard
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Tristeza do Jeca (Com Paulo Sérgio)

Gilliard


Nestes versos tão singelos
Minha bela, meu amor
Pra você quero cantar
O meu sofrer, a minha dor
Sou igual o sabiá
Que quando canta é só tristeza
Desde o galho onde ele está

Nesta viola eu canto e gemo de verdade
Cada toada representa uma saudade

Eu nasci naquela serra
Num ranchinho beira-chão
Todo cheio de buraco
Onde a lua faz clarão

Quando chega a madrugada
Lá no alto a passarada
Principia um barulhão

Lá no mato tudo é triste
Desde o jeito de falar
Quando pega na viola
Dá vontade de chorar
Não tem um que cante alegre
Todos vivem soluçando
Chorando pra aliviar

Vou parar com a viola
Já não posso mais tocar
Pois o jeca quando canta
Dá vontade de chorar
E o choro que vai caindo
Devagar vai se sumindo
Como as águas vão pro mar

Compositor: Angelino de Oliveira (Tasso de Oliveira)
ECAD: Obra #2361 Fonograma #659162

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