São vinte e três horas e trinta minutos Em cinco de agosto de um ano qualquer Na noite escura, tão fria e chuvosa Estou despedindo de Maria Rosa A minha formosa e meiga mulher
Maria, não chore, é tarde, meu anjo Porque já paguei os enganos seus Enquanto, desculpas, você me implora A gente falante que tanto adora Festeja agora o nosso adeus
Não fique comigo, estou de partida E deixe que o vento da chuva me açoite Por estes caminhos irei derramando O amargo pranto da meia-noite
Já faltam apenas uns cinco minutos Vou pegar um trem pra Minas Gerais Tchau, companheira dos meus desenganos Perdemos na luta um mundo de planos Que as rondas dos anos não trazem jamais
Maria querida, você me entende Nas horas amargas, ninguém nos serviu Eu deixo um troféu a quem vem e some E ainda estraga no prato em que come A gente sem nome que nos destruiu
Não fique comigo, estou de partida E deixe que o vento da chuva me açoite Por esses caminhos irei derramando O amargo pranto da meia-noite
Compositores: Gerson Coutinho da Silva (Goia) (UBC), Plinio Alves dos Santos (Plinio Alves) (SADEMBRA)Editor: Irmaos Vitale (SOCINPRO)Publicado em 2001 (14/Fev)ECAD verificado obra #268041 e fonograma #49314 em 11/Abr/2024 com dados da UBEM