Tão te vendo por ai Numas caminhada estranha em Mandaram te avisar Gato manso também arranha Empolgado com a onda O barco abandonou Agora tá de lancha por ai gritando "hey brow"
Tá de tiração numas fita que não cola Naquela de humilhar os irmãos Sem proceder de rocha E no desbaratino já tá até no radar A moda é tacar fogo nos racistas né Deixa queimar
E aí não vem dizer, po sou preto também Que irmão não vai te boi Pra você nem pra ninguém Cansado dos stifens, de capitão do mato Meu dia tá ok, então pros holliday é estalo
Se olhou no espelho, se intitulou moreno Tomei sua patente Pra tu não abre o mar vermelho Não é um ato falho e sim um erro grave Sem baixa no gravame, sem atalho cheque mate Sem apoio no debate ninguém vai te defender Aqueles que você quer ser Tem nojo de você
Um estranho no ninho, alvo identificado Jamais passará batido Por nóis será cobrado Não que eu perdoe os brancos Mas eles nem tão ligado O desafio que é ser preto num país de bolsonaros
Raww 3, 2, 1, 0 tempo esgotado Se não correu, morreu, é poucas arrombado Então, suas atitudes com nossos iguais não convém O pequeno poder te traiu, desmereceu a quem Compartilha do sofrimento, da baixa alta estima Falta oportunidade, isolados na periferia
Estender a mão, fortalecer seu povo E ca entre nós Parar de babar ovo dos playboy Consciência da rua A vitória de um irmão nos alegra Infelizmente é exceção nunca foi regra
Batedor de palmas de gentilli's, bobo alegre Lambedor de botas e vitrines, mito é jegue Mick jagger nunca, sou mais roger waters É prevejo atividade entre os haters 8 Ou 80, já não mais importa Desde que todos acertem os negros pelas costas
O morro vai dormir feliz O enrustido já não pisa mais aqui Teve sim um triste fim Pra quem negou a própria raça "fio" cerol Fininho
Compositor: Gregory Affonso de Souza (Gregory) ECAD: Obra #30530063