Eu causo pânico, espanto, será meu estilo meus panos O problema nas portas do banco quando eu passo é mecânico Travam, me param, me cercam, e eu ouço no rádio Pior que é preto igual a mim o segurança do mercado E ele me olha, observa, vê se eu não mexo em nada Se eu pego o celular na mão, isso pra ele é uma arma A Pm, foi acionada, de prontidão a minha espera "Suspeito Tradicional" tatuado preto e careca Atraio olhares com medo não importa o que faça jão O que importa é minha raça ou então, Minha conta bancária em vão Vão morrer, mais não vão me ver abaixar a cabeça Espero que vocês entendam que isso não É arrogância é resistência Eu jogo as cartas na mesa, o que que vocês querem de mim Pode vim, vou resistir vai por mim, não vou cai Aprendi que quem carrega honra e a verdade consigo, É muito mais superior do que qualquer inimigo
Eu sou do bem eu não sou fora da lei, Mais a vontade agora é de matar alguém, Talvez seja essa noite, talvez eu nunca faça, É bom você saber que a sua maldade vai e volta de graça
É só o conto de um garoto periférico, Que viu no crime um alto valor numérico, E não caiu em tentação, correto no mundão, Ser julgado e condenado pela cor da pele irmão É o que acontece
É o que acontece e antes fosse só comigo, Me dói no coração ver meu povo oprimido Eu não incito os excluidos eu os instruos os meus queridos Pra que não sejam humilhados nas ruas Ou nos programas de domingo E que não durmão no trilho já que o trem vem ai E levem sempre consigo martin, malcon, zumbi Por ai eu vejo gente mal intencionada, Por trás de uniformes, fardas, ternos e gravatas Pode se que eu guarde mágoas dos tempos tenebrosos É que eu sei, que pra eu anda de cabeça Erguida morreram vários nossos E eu não aceito sua esmola e nem invejo a sua riqueza Acima de nóis só Deus, então vê se me respeita Porque aqui corre o sangue que atravessou os mares Sobreviveu a massacres, de barro fez seus lares Tambores estralem novamente, como antigamente Pra mostrar que hoje eles usam algemas em vez de correntes
Eu sou do bem eu não sou fora da lei, Mais a vontade agora é de matar alguém, Talvez seja essa noite, talvez eu nunca faça, É bom você saber que a sua maldade vai e volta de graça
É só o conto de um garoto periférico, Que viu no crime um alto valor numérico, E não caiu em tentação, correto no mundão, Ser julgado e condenado pela cor da pele irmão É o que acontece
Compositores: Fabiano Mascarenhas (Nego Jam), Gregory Affonso de Souza (Gregory) ECAD: Obra #30530076 Fonograma #20471617