Onde tu vai caçá tatu loco véio? Cadê a gaiola e o cachorro, caçador? Átá uma borsa atrás da bicicreta véia Tu vai robá mio verde Nessa caçada eu não vô
O meu parente Que é taipa de gente boa Não trabaia, vive atoa É um caco sem serventia Pito no dedo, chimarrão e prosa boa Só trabaia com a patroa Na fabricação de cria Não sai de cima E meta a fazê mais fio Depois tem de robá mio Pros pançudinho boiá Tá coisa linda gurisinho do parente Mas quando eles ringe os dente Meu compadre vai caça Umhum, será?
Onde tu vai caçá tatu loco véio? Cadê a gaiola e o cachorro, caçador? Vai atá uma borsa atrás da bicicreta véia Tu vai robá mio verde Nessa caçada eu não vô
E notro dia inventei de caça junto Quarje que vortei defunto Presunto de caçador Cruz credo que horror virgem santa Jesuis cristinho Ai por pouco por um fininho Que o estranho não me pegô E o gente fina meu parente desgraçado Num carrerão desasado Por quaje não se matô Pois me atrupica numa rama de mandioca Caíu dentro da barroca E na bombacha se esterquiô
Onde tu vai caçá tatu loco véio? Cadê a gaiola e o cachorro, caçador? Vai atá uma borsa atrás da bicicreta véia Tu vai robá mio verde Nessa caçada eu não vô
O meu parente caçador é faro-fino Se não arruma pra o fumo Pelo menos vem pepino Se chora os menino É cosa bem triste de vê Quando a fome vem batê O bicho larga em desatino Que cosa feia que é batê em lavoura alheia Mas é que barriga cheia É só de abacate e mandioca Mio pipoca vem laranja e vem chuchu Parente cade o tatu? Que diacho não desentoca
Onde tu vai caçá tatu loco véio? Cadê a gaiola e o cachorro, caçador? Vai atá uma borsa atrás da bicicreta véia Tu vai robá mio verde Nessa caçada eu não vô
Onde tu vai caça, caçador? A ligeresa do parente de novo tu defama Tu defama famíla infame Cheguei ficar com dor nas costa De esperar o tatu, e nada Ãnssim não dá
Compositor: Luciano Rosa ECAD: Obra #2141853 Fonograma #1147030