Quando nasceste, sorriste para o mundo, puro e inocente Olhar de criança recém-virgem presente Um coração a bater, uma vida a aparecer, durante o orgulho dos teus pais ao te ver crescer, puto Eras completamente virgem de sofrimentos, tudo para ti eram fortes momentos de alegrias, mas dias são dias e amizades são a queda de algumas cabeças vazias distorceste o teu eu, quiseste ser o meu, deixaste-te levar pelo teu, querer ser mais do que o meu Foi o principio do teu fim nigga E sabes bem que sim, tu sabes bem que sim Começaste por aprender a fumar um charro até ao fim giram elas rias-te à toa enfim, como eram belas as tardes noites, que é delas?! Mocas! E não paraste mais, davas respostas As tentações do viciado corpo que tinhas possuído, não tinhas controle, sentias-te perdido, mas ao mesmo tempo contente por dentro preenchido, não havia tempo para sermões conselhos e orações E lavas ash ash, agora tinha que ser Já não havia guito suficiente para o andamento permanente do teu pensamento Desde que experimentaste o pó, começaste a meter dó, aspecto cansado Nada comias, já só droga consumias Chegaste ao topo, ao fim da linha Eras rei e senhor sempre para cima Heroína injetaste e viajaste És benvindo ao reino do peso drogado Fechaste os olhos e caíste, já não havia limite Era tarde demais quando paraste e reflectiste, que era triste, a vida que tinhas começado, pois hoje em dia não passavas de mais um agarrado
Refrão: nada nem ninguém, / (mais um agarrado) 'Tá livre de cair A droga nas cidades existe pá' quem quiser consumir (x6)
(mais um agarrado)
Uma luz no fundo do túnel A esperança é a última a morrer Espero ainda poder ver o meu filho a crescer Já me tiraram dez anos integrados Fui pensar no mau caminho que seguia, nas oportunidades que deixei passar bem ao meu lado, mas sobreviver na rua desde puto fui habituado Jogar à bola Troquei a pano o saco de snifar cola, não tenho amor por ninguém 'Tou sozinho neste mundo, não tenho saída Este buraco não tem fundo, o meu destino foi traçado Acabar no bairro, ressacado, Cheguei agarrado à heroína Fiz tudo para encher uma seringa Sei que o estado em que me encontro é lastimável Ninguém me compreende, eu sou desagradável, provoco maus olhares traz a merda do pacote melhor é não falhares Não tenho medo de enfrentar o policia ou a população, em parte tenho culpa, noutra não Fui empurrado, nasci na miséria, na miséria vou ficar, a cena é séria Nos subúrbios não se aprendem boas lições, pois o ambiente é só drogados e ladrões Venham mais bairros sociais, venham mais, quantos mais melhor para ficar pior E fico à espera da cura sagrada, que ainda não foi encontrada, e mesmo que tenha sido, perde o sentido, quando à rua chega um indivíduo e vai ter com o amigo e o desvio já é sabido Queimas o teu cérebro, o interior, só para ter proveito, só para apagar a dor Ritmo contínuo, dele já não te safas tens que ter um conto para apagar certas ressacas
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Nada nem ninguém
'Tá livre de cair
A droga nas cidades
Existe pá quem quiser consumir
Nunca te esqueças disso nigga
Tem juízo!
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