Poema Pra Vida
Refrão: [Mar Negro]
Matabichamos as palavras quando bebemos a dor
Vivemos a vida colada com amor
Queremos caminhar, e devagar chegar
A estrada é longa, mas vamos lá chegar
Verso: (1) [Mar Negro]
Tenho Deus, (Deus) como fonte da vida
E o rap, (rap) como força activa
O hip hop tá ferrujado, e causou-me uma ferida
Sorriso de quem sofre, mantem-me a esperança viva
A minha vida é uma boca com hálito de alho
Bebo diariamente poesia no trabalho
Johnny e Jay, malucos sem cura
Ely meu grande amor, sem esquecer a Yura
A pedreira é o meu grande sofrer
Nela tiro, (tiro) o sustento do hip hop
A bebida, (bida) vestiu o Shassy
E matou (tou) o precioso debate
Tatuei no coração Duvula M pra eternidade
Cair e levantar sem perder a dignidade
O emme dá maratonas, e aumenta a prostituição
Esta é a pagina diária, escrita de coração
Refrão: [Mar Negro]
Matabichamos as palavras quando bebemos a dor
Vivemos a vida colada com amor
Queremos caminhar, e devagar chegar
A estrada é longa, mas vamos lá chegar
Verso: (2) [Kenyattha]
Eu amo os meus niggers, e a minha fam
Rap é tudo pra mim, perguntem ao AM
Aliança Subterrânea, niggers dizem damn
Malonghy Sensei, e Duvula M
G.A.D. Monokrómo, a terra treme
Isto é droga pura, sem ela o corpo geme
Poesia das ruas, alimenta a alma
Escritas em momentos de insónias na cama
Converso comigo mesmo, quando escrevo
Os sentimentos saem sérios, quando me elevo
Dropo com a boca, mas quem fala é o coração
O corpo arrepia, mágica sensação
Não é profissão, muito menos ganha pão
É folego da vida ar puro pro pulmão
Tesouro que guardo dentro do meu íntimo
Morro e ressucito, todos dias por isto
Refrão: [Mar Negro]
Matabichamos as palavras quando bebemos a dor
Vivemos a vida colada com amor
Queremos caminhar, e devagar chegar
A estrada é longa, mas vamos lá chegar
Verso: (3) [SARKÁZTIKU]
Amo a vida, não temo a morte
Luto pra vencer, não dependo da sorte
Ao Quimbanda nunca, busco suporte
Caminho com Cristo, esse é o mais forte
Com Ele ultrapasso, as piores tempestades
Quando a vida madrasta, desfaz em metades
A minha pobre alma, como se eu fosse um cão
Salmo 23, tira-me sempre do chão
Levanto a cabeça, sacudo a poeira
Regresso na estrada, porque o tempo não espera
Amália e o Júnior, é a razão da minha luta
Minha vida meu tesouro, que eu guardo na gruta
Batalho pra eles, uma vida melhor
Um mundo sem dor, só de paz e amor
Onde diariamente, poesias e prosas
Rimem somente, o perfume das rosas
Refrão: [Mar Negro]
Matabichamos as palavras quando bebemos a dor
Vivemos a vida colada com amor
Queremos caminhar, e devagar chegar
A estrada é longa, mas vamos lá chegar
Compositores: João Niango, António Andrade, Nelson Carlitos