Pra quem vive numa estância No rigor, no sacrifício Faca buena não é vicio Mas sim uma precisão Esta é a pura razão Jamais por maula ou balaca Que só se puxa da faca Quando requer a ocasião
Seja pra capar um touro Ou pra emparelhar um tento Na carneada pro sustento Com pericia e cuidado Um carneador desastrado Faz estrago num pelego Faca boa é um apego E pra um campeiro é um achado
Serve pra "ajeita"um espeto "falqueja"um cabo de enxada "apará os casco" da eguada Fazer ponta numa estaca Pra tutano que se empaca E se agarra dentro do osso Não precisa muito esforço Basta "usa as costa"da faca
O tamanho tanto faz Cada faca tem seu jeito Algumas tem uns "defeito" Cabo frouxo ou folha torta Mas se "aperta" ela corta Churrasco gordo e bolacha E a velha crosta de graxa "limpa nas grama ou nas bota. "
Apesar de perigosa É de muita serventia Na lida do dia a dia Seja no campo ou galpão Pode até "salva um cristão" Que vem inlhado no laço Nessa hora o fio do aço É de grande precisão
Compositores: Halber Monteiro Lopes (Halber Lopes), Marco Nunes ECAD: Obra #11492392 Fonograma #12733857