Virado de cabeça para baixo e do avesso

Ninguém para culpar não é culpa de ninguém

Eu, sufocado pelo meu vazio

Você, desaparecendo sem arrependimentos

Sentindo-me estrangulado pela minha própria dor

Corpo está doendo e minha alma gritando em vão

Sem fôlego como debaixo d'água agarrando

Areia movediça do tempo tremendo e arrastando

A vida na poeira pendurada por um fio

A vida é tão frágil eu sei que já estou morto

Meus olhos bem abertos e tudo que vejo é preto

Eu olho para frente e tudo que vejo é o meu passado ao invés

Eu não quero mais abrir meu coração

Tenho medo de quem está se escondendo atrás da porta

Outra página para virar, outra curva na estrada sinuosa

Outra montanha para escalar, outra parede para explodir

Estou preparando meu nojo e meu próprio veneno

Para alimentar os mentirosos, os falsos e os traidores

Eu ilumino a escuridão na luz

O medo da noite não assusta mais

Dentro da minha alma está desmoronando, meus olhos estão secos, desejando uma lágrima

A cada dia que passa eu acredito que isso é o que eu mais temia

Você está aqui tão perto de mim e deixa você deslizar

Olhando para você tão longe de mim em vez de ter você ao meu lado

Oco