Eu nasci numa querência, com cheiro de tradição num rancho a beira da estrada, na costa de um capão assim eu levava a vida, trabalhando de peão e escramuçando meu pingo, lidando com a criação
/Bate os cascos meu cavalo, nos caminhos da fronteira quero lembrar tudo isso, num domingo de carreira/
Me criei domando potro, laçando boi na ivernada tirando leite das vacas, pra minha mãe fazer coalhada domingo de tardezita, eu saia pela estrada dando de rédias no pingo, pra ver minha namorada
/Upa, upa, meu cavalo, nos caminhos da fronteira, quero lembrar tudo isso, num domingo de carreira/
Fazia de tudo um pouco, nunca me apertei por nada plantava e também colhia, fruto da terra lavrada e nunca fui preguiçoso, era mesmo do que gringo dava duro na semana, só folgava no domingo
Eu jamais esquecerei, a velha lida campeira e meu tempo de rapaz, que se perdeu na poeira cordeona e violão, chorando numa vaneira redeios e campereadas, vou lembrar a vida inteira
Compositores: Nei Antonio Fernandes (Nei Fernandes), Iedo Cruz da Silva (Iedo Silva) ECAD: Obra #59035 Fonograma #1303162